Casan interdita reservatório que atende 4 bairros e o hospital em São José; veja como fica

A Casan (Companhia Catarinensede Águas e Saneamento) acatou a recomendação do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e interrompeu o funcionamento do reservatório Irineu Comelli, em São José, nesta quinta-feira (23).

Reservatório da Casan Irineu Comelli; MP pede interdição da estrutura – Foto: Cesar Carvalho Cinemáquina/Casan/Divulgação

O tema ganhou destaque ao longo da semana, quando o órgão alertou para os problemas estruturais verificados em laudo técnico, que aponta “fissuras”.

A companhia informa que fará o desligamento provisório e ainda alerta para “intermitência na hora de maior consumo” nas residências dos bairros da cidade. A situação, no entanto se estende as residências sem caixas d’água. Dessa forma o abastecimento da região vai ser feito diretamente pela adutora que alimenta os reservatórios atualmente.

Os bairros influenciados pelo desligamento da estrutura são os seguintes: Fazenda Santo Antônio, Praia Comprida, Ponta de Baixo e Centro Histórico.

O Hospital Regional de São José, que também é abastecido pelo reservatório Irineu Comelli, não deverá sofrer maiores alterações já que tem reservatório adequado e será abastecido por duas redes “para maior segurança”.

Casan nega qualquer resistência ao MP

A Companhia, em nota encaminha à Coluna Bom Dia, reiterou que “buscou-se informar, com base em posicionamento de equipe técnica e em critérios de razoabilidade, as condições que melhor se adaptassem ao cumprimento da recomendação de forma segura e eficiente”.

A Casan ainda lembrou que “em nenhum momento houve negativa, ou enfrentamento entre as instituições”.

A Companhia, dessa forma, deve trabalhar em cima da estrutura para, “com estudos mais profundos”, realizar as indicações do órgão.

A Casan ainda revelou que vai encaminhar o laudo técnico contratado ao MPSC, referente à segurança estrutura dos reservatórios Irineu Comelli 3 e Forquilhas 2, ambos em São José.

MPSC recomenda à Casan

A recomendação foi feita pela 7ª e pela 29ª Promotoria de Justiça da Capital após receberem laudo de vistoria do CAT (Centro de Apoio Operacional Técnico) do MPSC atestando o risco potencial de rompimento da estrutura que apresenta fissuras e foi feita pela mesma empresa que construiu o reservatório do bairro Monte Cristo, em Florianópolis, que se rompeu em setembro de 2023.

O relatório do CAT identificou vícios construtivos e  apontou, por precaução, a necessidade de esvaziamento completo até a conclusão de estudos mais aprofundados.

Na quarta-feira, após resposta da empresa apresentando uma possível solução que não a interdição imediata do reservatório, o que resulta na continuidade do risco de colapso da estrutura, os Promotores de Justiça reiteraram a recomendação e requisitaram resposta objetiva em 24h sobre o acatamento ou não da recomendação.

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